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Moradoras de comunidades beneficiadas pelo Programa Água Doce apresentam alternativas de renda e sustentabilidade para o semiárido, em Campo Formoso e Ourolândia (BA)

No segundo dia (21) da expedição do Programa Água Doce (PAD), o destaque foram os trabalhos realizados pelas mulheres de São Tomé (Campo Formoso) e do Assentamento Rural Lagoa de Dentro (Ourolândia), com apresentação de alternativas de renda com o uso da água de qualidade fornecida pelos sistemas de dessalinização do Programa. Liderada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), uma equipe de gestores públicos estaduais e federais está percorrendo o semiárido baiano com o objetivo de fomentar políticas de incentivo e valorização de práticas de empreendedorismo feminino, nas comunidades beneficiadas pelo PAD.

Em Lagoa de Dentro, a equipe conheceu a unidade simplificada de processamento de hortaliças, polpas e uma cozinha industrial de sequilhos, que é abastecida pela água de qualidade do sistema do PAD. “Nós, mulheres, superando a desconfiança de alguns, mobilizamos o assentamento para aproveitar as oportunidades que surgiram após a chegada do programa. Trabalhamos com produtos derivados da mandioca como bolos, beijus, biscoitos avoador, além de bananas chips e temperos de sabores variados. Uma conquista que só foi possível com a força, coletividade e uma rede de apoio formada pelas cooperativadas e os projetos do Governo voltados ao semiárido”, explicou Aline Silva, presidente da Cooperativa Agropecuária da Rede de Mulheres e Jovens da Agricultura Familiar do Semiárido (COOMAFS).

Já no distrito de São Tomé, no município de Campo Formoso, o destaque foi o trabalho realizado na gestão do sistema de dessalinização, alcançando mais de 600 famílias atendidas. As mulheres da Associação Marias Quilombolas tiveram a oportunidade de mostrar seu talento e riqueza cultural, evidenciando a importância do projeto para a melhoria da qualidade de vida na região. “Essas iniciativas não apenas demonstram a eficácia dos sistemas de dessalinização, mas também ressalta o papel fundamental das mulheres na construção de comunidades mais resilientes, promovendo uma transformação social e econômica significativa na localidade”, ressaltou o especialista da Sema, Cassiano Lemos Jr.

Na ocasião, também foi anunciado que a comunidade de São Tomé será contemplada com uma miniusina de envasamento de água dessalinizada, como explica Cassiano: “Será a primeira miniusina em um universo de mais de mil sistemas do PAD em todo o Brasil. E porque esse projeto piloto aqui em São Tomé? A resposta está em tudo que presenciamos nesta visita, uma gestão liderada por mulheres e que se sobressai pelo trabalho de excelência, seja na manutenção e operação do equipamento, seja pela organização durante a distribuição da água, que já chega a outros povoados vizinhos e por esse comprometimento de todos. Então, apresentamos aqui a planta desse projeto inovador e pioneiro que está em fase de ajustes pelo Pró-Semiárido, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e esperamos que, até o final do ano, todo o processo seja iniciado com a assinatura dos acordos técnicos e de gestão”.

Para a presidente da Associação das Mulheres Quilombolas de São Tomé e Adjacências, Lucineide dos Santos, a chegada futura desta nova estrutura permitirá  ampliar comercialização. “Uma notícia que chega em boa hora, já sentíamos a necessidade de melhorar a distribuição, principalmente para fazer chegar  ao maior número de moradores e para as escolas. Só temos a agradecer aos técnicos do PAD por escolherem nossa comunidade para receber essa estrtura, vamos aguardar ansiosos por este momento”, pontuou.


PAD

A Bahia é o estado com maior número de dessalinizadores entregues à população, total de 291, alcançando comunidades remotas de 56 municípios do semiárido baiano. Eram famílias que utilizavam água de carros-pipas ou sem tratamento e, que agora, contam com água de qualidade para o consumo no diário.

ASCOM SEMA

Crédito: Matheus Lemos/ASCOM SEMA

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