Bahia confirma novos casos de varíola dos macacos nesta quarta-feira; estado tem 25 pessoas infectadas pela doença
Informação foi divulgada na quarta-feira (10) pela Sesab.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou, nesta
quarta-feira (10), que o estado contabiliza 25 casos da "Monkeypox",
doença conhecida como varíola dos macacos. Do total, cinco foram confirmados
pela pasta nesta quarta. Dois deles já tinham sido informados pelas prefeituras
de Feira de Santana e Xique-Xique. Os outros três novos casos são em Salvador.
A maioria dos casos ocorreu em homens, onde 23 foram
infectados. Já a faixa etária varia entre dois meses e 45 anos. Em relação aos
sintomas apresentados, os mais recorrentes são: febre, adenomegalia, erupção
cutânea, cefaléia e dor nas costas. Confira abaixo os dados da doença no
estado:
Casos confirmados da varíola dos macacos na Bahia
Salvador 17
Santo Antônio de Jesus 2
Cairu 1
Conceição do Jacuípe 1
Feira de Santana 1
Ilhéus 1
Mutuípe 1
Xique-Xique 1
Total 25
Fonte: Sesab
Além dos confirmados, a Bahia tem outros 166 casos suspeitos
que estão em investigação, segundo a Sesab.
O primeiro caso da Monkeypox no estado ocorreu no dia 13 de julho. Ela se assemelha à varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, geralmente dividida em dois períodos:
1.Invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia,
mialgia, dor das costas e astenia intensa;
2.Erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o
aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com
varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida
pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas
seguintes formas:
Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais
infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de
caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não
se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos
sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos
corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa
infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar,
abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se
sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou
feridas, como roupas ou lençóis;
Da mãe para o feto através da placenta;
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato
pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser
infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Isolamento
Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento,
em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns,
como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras
pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o
nariz.
Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias
vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve
usar toalhas de papel descartável para secá-las.
Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos,
objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os
itens só podem ser reutilizados após higienização.
Fonte: G1 Bahia
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