Mais de 2 mil adolescentes são apreendidos no 1º semestre na Bahia
Tráfico de drogas é o crime mais cometido por adolescentes apreendidos na Bahia, no primeiro semestre de 2019. De janeiro a junho deste ano, 2.401 adolescentes foram encaminhados para a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), em Salvador, e também para outras unidades da Polícia Civil na RMS e no interior, após cometerem atos infracionais, como são nomeadas as ações ilícitas quando cometidas por quem é menor de 18 anos. Destes, 300 acabaram encaminhados para centros de correção ou cumprem medidas em regime de liberdade assistida.
Segundo a titular em exercício da DAI, delegada Laís de Miranda Accioly, adolescentes de 16 e 17 anos são os mais reincidentes. “Eles geralmente são apreendidos por tráfico de drogas, roubo, ameaça, lesão corporal e roubo a coletivo”, contou. Ela ressalta também que, na maioria dos casos, os menores são flagrados com armas e drogas. “Nas ocorrências sempre recebemos esses materiais apreendidos junto com os jovens. Nos crimes de roubo a coletivo tem sido recorrente encontrá-los armados ou com simulacro”, continuou.
Para a delegada, a falta de estrutura familiar pode ser um dos fatores para tantos menores estarem envolvidos com a criminalidade. “São pessoas que muitas vezes passam necessidades financeiras, geralmente tem ausência da figura do pai. Tudo isso encontramos por aqui”, completou Accioly, acrescentando que existem casos em que o infrator rouba, mesmo tendo uma estrutura familiar sólida e uma vida estável. “Temos ocorrências envolvendo adolescentes que têm todo o conforto em casa, dorme em quartos sozinhos, estudam em bons colégios, mas querem mais luxo, então roubam para ostentar”, relatou.
Prevenção
Com o objetivo de mudar este quadro, comum em todo o país, há nove anos, as Bases Comunitárias de Segurança (BCS) da Polícia Militar buscam melhorar a realidade social, oferecer atividades de lazer e capacitação, além da conscientização de jovens, em áreas carentes, através de projetos culturais focados em educação, esporte e lazer. As unidades estão presentes em bairros de Salvador, Região Metropolitana e interior do estado.
A comandante da Base Comunitária do Calabar, capitã Aline Muniz, relatou que ao longo dos anos, o trabalho social retirou diversos jovens do estado de vulnerabilidade, oportunizando um futuro melhor. “As estratégias utilizadas afastam eles do tráfico de drogas, pois sabemos que a oferta é muito grande”, contou a oficial.
Ainda segundo a capitã, um aluno que atualmente é o maior medalhista do projeto de boxe foi resgatado quando iniciava aproximação com o comércio de entorpecentes “Ele vive em um ambiente familiar instável muito grande. Vencemos essa batalha e hoje, além dele ser um campeão, conseguiu também um estágio em uma empresa, através do programa Jovem Aprendiz, lhe garantindo estabilidade financeira, além de aprender uma profissão”, disse emocionada. Segundo ela, esse é apenas um dos muitos exemplos dos resultados do trabalho da base.
A Base Comunitária de Segurança do Calabar oferece cursos de Inglês, judô, boxe, passarela, reforço escolar, fitdance adulto e infantil, bombeiro civil, recreação, teatro, futsal, vôlei, saúde na melhor idade, primeiro som (instrumento de sopro, iniciação musical e violão), profissionalizantes e preparatórios para o Enem e concursos. Três alunos dos projetos da BCS também já foram aprovados no concurso da Polícia Militar.
Foto: Alberto Maraux
Assessoria de Comunicação
Secretaria da Segurança Pública da Bahia
Segundo a titular em exercício da DAI, delegada Laís de Miranda Accioly, adolescentes de 16 e 17 anos são os mais reincidentes. “Eles geralmente são apreendidos por tráfico de drogas, roubo, ameaça, lesão corporal e roubo a coletivo”, contou. Ela ressalta também que, na maioria dos casos, os menores são flagrados com armas e drogas. “Nas ocorrências sempre recebemos esses materiais apreendidos junto com os jovens. Nos crimes de roubo a coletivo tem sido recorrente encontrá-los armados ou com simulacro”, continuou.
Para a delegada, a falta de estrutura familiar pode ser um dos fatores para tantos menores estarem envolvidos com a criminalidade. “São pessoas que muitas vezes passam necessidades financeiras, geralmente tem ausência da figura do pai. Tudo isso encontramos por aqui”, completou Accioly, acrescentando que existem casos em que o infrator rouba, mesmo tendo uma estrutura familiar sólida e uma vida estável. “Temos ocorrências envolvendo adolescentes que têm todo o conforto em casa, dorme em quartos sozinhos, estudam em bons colégios, mas querem mais luxo, então roubam para ostentar”, relatou.
Prevenção
Com o objetivo de mudar este quadro, comum em todo o país, há nove anos, as Bases Comunitárias de Segurança (BCS) da Polícia Militar buscam melhorar a realidade social, oferecer atividades de lazer e capacitação, além da conscientização de jovens, em áreas carentes, através de projetos culturais focados em educação, esporte e lazer. As unidades estão presentes em bairros de Salvador, Região Metropolitana e interior do estado.
A comandante da Base Comunitária do Calabar, capitã Aline Muniz, relatou que ao longo dos anos, o trabalho social retirou diversos jovens do estado de vulnerabilidade, oportunizando um futuro melhor. “As estratégias utilizadas afastam eles do tráfico de drogas, pois sabemos que a oferta é muito grande”, contou a oficial.
Ainda segundo a capitã, um aluno que atualmente é o maior medalhista do projeto de boxe foi resgatado quando iniciava aproximação com o comércio de entorpecentes “Ele vive em um ambiente familiar instável muito grande. Vencemos essa batalha e hoje, além dele ser um campeão, conseguiu também um estágio em uma empresa, através do programa Jovem Aprendiz, lhe garantindo estabilidade financeira, além de aprender uma profissão”, disse emocionada. Segundo ela, esse é apenas um dos muitos exemplos dos resultados do trabalho da base.
A Base Comunitária de Segurança do Calabar oferece cursos de Inglês, judô, boxe, passarela, reforço escolar, fitdance adulto e infantil, bombeiro civil, recreação, teatro, futsal, vôlei, saúde na melhor idade, primeiro som (instrumento de sopro, iniciação musical e violão), profissionalizantes e preparatórios para o Enem e concursos. Três alunos dos projetos da BCS também já foram aprovados no concurso da Polícia Militar.
Foto: Alberto Maraux
Assessoria de Comunicação
Secretaria da Segurança Pública da Bahia
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