Cerca de 1,35 milhões de pessoas morrem a cada ano vítimas de acidentes no trânsito
Entre 20 e 50 milhões de pessoas sofrem lesões em acidentes de trânsito por ano (Imagem: Pixabay)
Segundo a Organização, entre 20 e 50 milhões de pessoas também sofrem lesões não fatais devido a um acidente de trânsito por ano, muitas delas resultando em incapacidade. “Se as leis de trânsito relacionadas à direção sob efeitos do álcool, uso de cinto de segurança, limites de velocidade, capacetes e sistemas de retenção para crianças não forem cumpridas, elas não poderão resultar na redução esperada nas mortes e lesões no trânsito”, aponta a entidade. José Aurélio Ramalho, diretor-presidente da ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), avalia que o Brasil evoluiu bastante por conta das diversas ações realizadas em todo o país, visando conscientizar os motoristas. “No entanto, há fatores prejudiciais ao cumprimento da meta estabelecida pela ONU, como a falta de compromisso de gestores públicos, da iniciativa privada e, acima de tudo, da própria sociedade, que precisa compreender que seu comportamento individual afeta o coletivo”, comenta.
Fiscalização e penalização de infratores também são apontadas pela ONSV como peças-chave para a diminuição no número de acidentes, já que as pesquisas da entidade mostram que, para cada infração de trânsito registrada no Brasil, ocorreram 11,8 mil infrações não registradas. O índice demonstra que é necessário aprimorar o sistema de fiscalização brasileiro. “A presença do Estado nas vias, ou seja, a fiscalização de forma ostensiva, certamente fará com que ocorra uma sensível redução no número de acidentes de trânsito”, confirma Ramalho.
A Década Mundial de Ações para a Segurança Viária, que se encerra no próximo ano, tem o objetivo de reduzir em 5 milhões o número de mortes no trânsito - o que representa 50% da projeção do número de óbitos causados por sinistros no mundo para 2020. A Perkons, empresa que desenvolve e aplica tecnologia para a segurança no trânsito, foi a primeira organização privada, no Brasil, a endossar a campanha. Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da empresa, diz que a fiscalização eletrônica é um importante instrumento de segurança e cidadania, na medida em que auxilia os órgãos competentes no cumprimento das leis e contribui com o objetivo de tornar vias públicas lugares mais humanos e democráticos. “A Organização Mundial de Saúde recomenda no mundo todo o uso de medidores eletrônicos de velocidade – os famosos radares - como alternativa para a prevenção de acidentes de trânsito e redução da gravidade, no caso da ocorrência do evento. Essas tecnologias de trânsito auxiliam órgãos e gestores públicos a pensarem e gerirem mobilidade urbana, além de ajudarem a conscientizar motoristas em relação ao cumprimento das regras e leis de trânsito”, destaca.
Paula Batista
Lide Multimídia
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