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Jaguarari: Fechamento do Museu do Vaqueiro por falta de estrutura é destaque no Jornal A Tarde


Foi destaque em um dos maiores jornais impresso do nordeste, o jornal A Tarde no último domingo (01/03) a matéria sobre o Fechamento do Museu do Vaqueiro do distrito de Santa Rosa de Lima, interior de Jaguarari, segundo a matéria o fechamento se deu por falta de estrutura.

Confira a matéria:


Museu do Vaqueiro está fechado por falta de estrutura 


Aos 7 anos, Danilo Rodrigues da Silva começou a reunir uma variedade de peças antigas em Santa Rosa de Lima, distrito do município de Jaguarari, localizado a 406 quilômetros de Salvador. A coleção cresceu e virou o Museu do Vaqueiro. Mas, agora, o espaço está fechado devido à falta de estrutura.
Foto: Arquivo pessoal
O museu foi instalado no antigo Mercado de Carnes de Santa Rosa por meio de uma concessão prorrogável de 30 anos, aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pela prefeitura. A conquista foi por meio da Associação dos Vaqueiros de Santa Rosa de Lima.

O problema é que o prédio precisa de reparos na estrutura física e adequação de espaços.

“Não temos recepção, reserva técnica, escritório nem banheiros. Todo material encontra-se no interior do prédio de forma organizada, porém não podemos abrir ao público, devido à falta desses recursos”, aponta Danilo.

Riscos à saúde também preocupam o organizador. “Existe uma proliferação de passarinhos e morcegos. Tenho evitado a entrada, principalmente de crianças”.

Esforço 

Coordenador do departamento de políticas públicas para a juventude no município, Danilo recolheu praticamente sozinho a coleção que hoje forma o acervo do museu.
Foto: Carlos Caroso

“Aos 7 anos, meus avós me levavam para a Fazenda Bandeira, a 18 quilômetros de Santa Rosa. Foi lá que encontrei peças que pertenceram ao pai do meu avô como esporas, brides, estrivos (acessórios que são usados para montaria). Após um polimento, elas aparentavam ser de ouro na imaginação de uma criança”, relata Danilo.

Ele passou a guardar as peças em uma caixa de papelão que era o seu tesouro particular. A partir daí, não parou mais no esforço para aumentar a coleção.

Nos encontros religiosos que minha mãe participava em fazendas da região, eu sempre ia junto, não para rezar, mas para encontrar mais brides, mais estrivos, mais esporas”, relata.

Montado em um burro , Danilo percorreu mais de 80 fazendas da região. A romaria resultou em um acervo que inclui, além dos acessórios de montaria, peças em barro e até possíveis artefatos indígenas e paleontológicos, armamentos, fotografias, moedas, e outros documentos.

Em 1997, quando tinha 11 anos, ele participou de uma feira cultural em Jaguarari e apresentou sua coleção de antiguidades. Sua exposição foi o grande destaque do evento.

“Me encontrei ali. Foi um verdadeiro divisor de águas. Quando voltei a Santa Rosa solicitei a doação de algumas peças ao pessoal do lugar. A coleção começava a se expandir numa proporção que nem eu entendia. Tudo que eu via de antigo passava a ter valor aos meus olhos. Eu não conseguia parar”, completa Danilo.


Antropólogos incentivam expansão do projeto 

Em meio a um trabalho de campo, os doutores em antropologia e professores da Ufba, Carlos Caroso e Fátima Tavares conheceram o trabalho de Danilo Rodrigues. Os dois ficaram impressionados com a sua determinação e, após entrevistá-lo e observarem o acervo,produziram texto e imagens sobre a coleção além de o terem incentivado a buscar caminhos para expandir o seu projeto.

“Por meio do incentivo dos professores nós formulamos um projeto que interessou à empresa Mineração Caraíba Metais. Eles então forneceram madeira para confecção dos portões principais do museu”, diz Danilo.

Plano 

De acordo com a professora Fátima Tavares, o acervo é forma do por mais de mil peças. “É uma coleção extremamente rica e que abre possibilidades para pesquisas futuras que podem ajudar a compreender a história da região”, afirma.

Segundo a análise dos professores, além de adequação do prédio, é necessário desenvolver um projeto museográfico.

A partir desse plano podem ser feitas as ações adequadas para exposição da coleção como identificação, documentação, intervenções restauradoras, capacitação de pessoal para o registro, organização e recuperação física do acervo.

Criação de caprinos e busca de minério impulsionou região

O Museu do Vaqueiro está situado em Santa Rosa de Lima, distrito de Jaguarari.O comércio de caprinos foi fundamental para a constituição do local.

Santa Rosa era um conhecido ponto de descanso no vai vém dos que vivam desse comércio por cidades da região como Senhor do Bonfim e Uauá.

“Com o passar dos anos começou a Feira do Bode de Santa Rosa”, narra Danilo. O que era uma fazenda tornou- se um povoado rico em tradições culturais como o terno da Ciganinha, a Novena do Chico Menino em louvor a Nossa Senhora da Conceição, que acontece em janeiro, as caretas e baile de Carnaval e a novena da padroeira Santa Rosa de Lima em agosto.

Além disso as corridas de argolinha são outra marca forte onde os protagonistas principais do jogo são os vaqueiros com suas tradicionais vestes de couro.

Para conseguir arrancar a argola colocada em uma estrutura alta é necessário bom equilíbrio de montaria –a retirada do aro é feita em meio a uma corrida montado a cavalo – e habilidade motora e de visão.

“O Museu do Vaqueiro vem somar todo cronograma tradicional ao acervo histórico descoberto em Santa Rosa de Lima e em seu entorno”, acrescenta Danilo Rodrigues.

Influência 

Jaguarari foi elevado à categoria de município em 6 de agosto de 1926. Sua constituição está ligada ao esforço para a colonização do interior baiano por portugueses e também à busca por metais como ouro e prata.

Até a emancipação política, pertencia ao município de Senhor do Bonfim. Além de Santa Rosa de Lima,o município possui os distritos de Juacema, Pilar e Gameleira. O comércio e a mineração de cobre são suas principais atividades econômicas.

Por CLEIDIANA RAMOS / JORNAL A TARDE

4 comentários:

  1. Não teve um vereador para abraçar essa casa? Lembrams que são 13 ao todo.

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  2. Danilo
    Fico muito feliz com seu empenho e a vontade de ver este museu funcionando para apreciação de todos e quem sabe o interesse das escolas conhecerem e acrescentarem alguma ideia. Siga em frente não deixando a persistência e luta para que todos que leram esta matéria sinta a importância deste museu não para toda população.
    Estou, mesmo distante, torcendo .

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  3. A Clenilda foi a vereadora que propôs que houvesse um caixa com doações dos vereadores para a escola do flamengo,enquanto a cida do flamengo que é do flamengo nao faz nada....
    esses vereadores nao querem nada com a vida, só se importam em suprir os seus protegidos e esquecem dos projetos e obras da cidade

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  4. http://www.portaljaguarari.com/2015/03/quadrilha-junina-de-jaguarari-necessita.html?showComment=1425954265568

    tá aqui a prova de que não temos um diretor de políticas para a juventude atuante!!!!pfv Deixem esse menino cuidando só desse museu e botem alguém competente para cuidar dos nossos jovens!

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