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A indústria de base nordestina corre risco, inclusive em Jaguarari, entenda:

Mina Caraíba - Pilar - Jaguarari-BA / Imagem ilustrativa
É preciso salvar a indústria de base do Nordeste. Um grupo grandes empresas, que investiu e multiplicou riqueza na região nos últimos 30 anos, corre o risco de ver seu negócio inviabilizado pela falta de energia competitiva. Braskem, Dow, Ferbasa, Gerdau, Mineração Caraíba, Paranapanema e Vale juntas respondem por 9 mil empregos diretos e 145 mil empregos indiretos e movimentam R$ 16 bilhões nas economias locais de municípios carentes dos Estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco.

Essa situação delicada também ameaça a programação de investimentos de R$ 4,3 bilhões, por parte das empresas, que já estão sendo revistos. Essas indústrias, todas grandes consumidoras de energia elétrica, possuem um contrato de fornecimento com a CHESF que acaba em junho de 2015. Caso os termos do acordo não sejam renovados por preços competitivos, essas indústrias poderão fechar suas fábricas, criando um efeito em cascata altamente prejudicial à economia do Nordeste.

O governo federal sinaliza com a possibilidade de essas companhias recorrerem ao mercado livre de energia. Se isso acontecer, poderá haver transferência de renda e de investimentos para as regiões mais desenvolvidas e consumidoras do país. Além disso, o custo da energia no mercado livre poderá anular a competitividade dessas indústrias, que produzem commodities, com preços balizados pelo mercado internacional.

Para incentivar suas indústrias, outros países cobram tarifas bem mais baixas para as indústrias de base. Dados de março de 2013 mostram que a tarifa média cobrada dessas empresas no Brasil era de cerca de US$ 80 por MWh, contra cerca de US$ 50 na Holanda e na Itália, e menos da metade desse valor nos Estados Unidos, França, Reino Unido e Japão.

A indústria nordestina tem uma parceria de longo prazo com a CHESF. Não poderia ser agora que a Companhia do São Francisco romperia essa parceria de tantos anos. Principalmente durante um governo do Partido dos Trabalhadores, que tem uma parcela significativa de seus votos na região, conquistados pela atenção que o partido tem reservados aos Estados e municípios do Nordeste desde o início do governo Lula.

A presidente Dilma Rousseff não pode fechar os olhos para o problema que está diante dessas indústrias. No Congresso Nacional, senadores e deputados já estão sensibilizados com o risco para as empresas e para a população dessas cidades. Tentam viabilizar um projeto que garanta a renovação dos contratos com os grupos industriais.

Com certeza, o Ministério de Minas e Energia e a própria presidente Dilma não ficarão insensíveis à necessidade de renovação dos contratos com a CHESF, para que o povo Nordestino não veja subtraídos seu emprego e sua renda mais uma vez, colocando por terra um dos mais bem-sucedidos projetos de desenvolvimento sustentável de política industrial do país.

CDN Comunicação Corporativa

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dsd