Segunda etapa da Adutora do Algodão segue em ritmo acelerado
Em breve, o abastecimento de água não será mais problema para a região de Caetité e outros municípios no Sudoeste da Bahia. Segue em ritmo acelerado a ampliação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Integrado ao Sistema adutor do Algodão (região de Guanambi) – Adutora do Algodão – com a construção do Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA) de Caetité/Maniaçu. Cerca de 65% da obra já está concluída. A previsão de término é para outubro deste ano.
Com investimento da ordem de R$ 44,2 milhões, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o empreendimento é realizado a partir de convênio entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o governo da Bahia, por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). O sistema possui sete estações elevatórias, cinco caixas de passagens, três unidades de reservatório e cerca de 90,5 km de tubulação.
Com a conclusão das obras, o número de beneficiados deve chegar a mais de 50 mil pessoas. O SIAA Caetité/Maniaçu tem como objetivo principal ampliar e melhorar o abastecimento de água da região de Caetité, atendendo, além da sede do município, os distritos de Maniaçu, Lagoa de Dentro, Lagoa de Fora e Morrinhos. Poderá atender também às inúmeras localidades situadas ao longo da área de influência da adutora, inclusive à população rural, mas que dependerão de ações complementares, envolvendo estudos e levantamentos, a partir das estruturas de reservação distribuídas ao longo do sistema.
De acordo com o engenheiro Cláudio Márcio Silva, gerente regional de Infraestrutura da Codevasf em Bom Jesus da Lapa e fiscal da obra,“a implantação dessa integração é necessária em face da escassez de chuva na região, já que 70% da cidade é abastecida por água de poços artesianos e 30% por caminhões pipa vindos da cidade de Guanambi. E essa integração resolverá o problema de abastecimento de água de forma definitiva, garantindo através do rio São Francisco”.
Água na torneira
A Adutora do Algodão é considerada a maior obra para oferta de água numa região que sofre com os efeitos de estiagens prolongadas. A primeira etapa foi inaugurada pela presidenta Dilma Rousseff em novembro de 2012. Os investimentos totalizaram cerca de R$ 136 milhões, com recursos do PAC.
Desde o início do funcionamento da adutora, mais de 110 mil pessoas estão sendo beneficiadas em uma área que compreende os municípios de Malhada, Iuiú, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina e Guanambi; as localidades de Mutãs (Guanambi) e Pajeú do Vento (Caetité), além de localidades rurais situadas ao longo da área de influência do sistema.
A população destes municípios comemoram a chegada da água em suas residências com o funcionamento da Adutora do Algodão. Neobino Marques, 65 anos, de Candiba, resume a satisfação dos moradores da região ao comparar a vida antes e depois da construção da adutora. “Posso dizer que a situação era péssima. A água que a gente consumia não era de boa qualidade. Além disso, era muito escassa, faltava muito. Por isso, muitas vezes tínhamos que pagar até carro-pipa pra abastecer as nossas casas. Agora, com a adutora estamos tranquilos. Temos água de boa qualidade, em abundância. Foi um presente de Deus”, afirma.
Mais benefícios
Com abastecimento de água por meio de captação no rio São Francisco, na região de Malhada, a Adutora do Algodão permitirá a solução do problema de suprimento de água de forma definitiva na região. Ao final das duas etapas, a adutora irá abastecer as casas de cerca 165 mil pessoas.
Quando finalizado, o empreendimento também permitirá que a barragem de Ceraíma volte a fornecer água para a produção de alimentos no Projeto de Irrigação Ceraíma, que foi paralisada desde 2008, e para o rio Carnaíba de Dentro.
Além do Projeto Ceraíma, que conta com uma área de 420 hectares irrigáveis distribuídos em 112 lotes agrícolas de produtores familiares, a barragem fornece água para outros produtores externos e beneficia diretamente uma população de cerca de 1,7 mil pessoas.
Antes da Adutora, os municípios dependiam exclusivamente do sistema de abastecimento de Guanambi, cuja captação era feita através da barragem de Ceraíma, cuja água, após tratada, era aduzida para atender aos municípios de Guanambi, Candiba e Pindaí. Mas a estiagem prolongada reduziu o lago de Ceraíma a níveis críticos e, para evitar colapso no abastecimento, uma interligação emergencial do lago Poço do Magro com o sistema de abastecimento de Guanambi foi feita em 2008 por meio de convênio firmado entre Embasa e Codevasf.
Ascom Codevasf
Nenhum comentário