Operação da SSP para a Copa começa no dia 3 de junho com chegada da Croácia
A operação foi planejada pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), em parceria com a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, órgão do Ministério da Justiça. O modelo utiliza procedimentos desenvolvidos na Bahia, considerada a melhor segurança da Copa das Confederações, realizada no Brasil, ano passado, e que contou com jogos em Salvador.
“Nós estamos relacionados muito mais com a segurança das autoridades, das delegações, das instalações e a proteção de áreas de interesse operacional ligadas diretamente ao evento, como o entorno do estádio, as rotas das delegações e os centros de treinamento”, explica o tenente-coronel Marcos Oliveira, gerente de Planejamento Integrado do Centro de Comando e Controle e presidente da Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para Grandes Eventos.
Segundo Oliveira, a operação propriamente dita começa no dia 3 de junho, com a chegada da seleção da Croácia. “Já realizamos vários simulados, teremos um ensaio geral, no dia 4 de junho, e um evento teste, que é o jogo entre as seleções da Croácia e Austrália, no dia 6, às 20h, em Pituaçu. Mas já estamos desenvolvendo pequenas ações, como de policiamento ostensivo e de prevenção em Porto Seguro, e algumas operações de repressão em áreas de grande incidência de criminalidade”.
Legado
Oliveira destaca que os equipamentos cedidos pela Secretaria Extraordinária de Segurança Pública de Grandes Eventos vão ficar de legado para o estado. “O Centro Integrado de Comando e Controle Regional possui aparelhos de ponta e alta tecnologia. Há também dois centros integrados de comando e controle móveis, além de plataformas elevadas de observação, que dão apoio operacional para a tropa”.
Cada Centro de Comando e Controle Móvel custou mais de R$ 3 milhões e cada plataforma de observação mais de R$ 1,5 milhão. “São equipamentos testados durante o Carnaval, a Festa do Bonfim, e estamos sendo elogiados pelo resto do Brasil. Somos um estado com esta característica, de eventos de grande público”.
Segundo ele, as plataformas de observação podem ser montadas no entorno das concentrações populares, como fan fests, e também próximas aos centros de treinamento. “Já os centros integrados de controle móveis serão empregados um na Arena Fonte Nova, em Salvador, e outro em Porto Seguro, e estarão interligados ao Centro de Comando e Controle Regional, que funciona junto com o Centro Integrado de Gestão de Emergências, no Parque Tecnológico, na Avenida Paralela. Na capital baiana, como é padrão durante os grandes eventos realizados na Bahia”.
Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional
De acordo com o tenente-coronel Marcos Oliveira, a Bahia foi a grande inspiração, pela integração entre segurança pública e defesa social, para a criação do Comitê Executivo de Segurança Integrada em nível nacional, envolvendo o Ministério da Defesa, da Justiça e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nos estados, o mesmo órgão foi criado com competência regional.
Na Bahia o comitê é composto pelo secretário da Segurança Pública, o coordenador de Defesa de Área e comandante do segundo Distrito Naval, o superintendente da Polícia Federal, além de um representante do município.
O objetivo do Cesir é orientar e facilitar a integração da estrutura da Segurança Pública, da Defesa Nacional, da Inteligência e da Defesa Civil, no estado da Bahia, durante a Copa, nos três níveis de governo. O órgão vai atuar em nível estratégico regional, otimizando o processo decisório para facilitar a atuação integrada e coordenada de todas as instituições envolvidas na Operação de Segurança da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014.
Batedores e escoltas
As atividades de batedores e escoltas serão realizadas, em alguns casos, pelo Esquadrão Águia, da Polícia Militar da Bahia, a exemplo do acompanhamento das seleções dos dias dos jogos entre Espanha e Holanda, Bósnia e Irã, entre outros. “Estão previstos batedores e escoltas nos deslocamentos oficiais previstos no evento. Para deslocamentos pessoais, não haverá segurança, a não ser que haja uma avaliação de risco”, afirma o tenente-coronel.
As rotas protocolares são os caminhos percorridos pelas delegações e dignitários em Salvador, Porto Seguro e no litoral norte. Todas as rotas protocolares, principais e alternativas, estão mapeadas para que as pessoas cheguem ao seu destino, desde o aeroporto, e voltem aos hotéis e centros de treinamento. Em Porto Seguro, haverá uma balsa exclusiva para atender à delegação. O equipamento vai sofrer vistoria completa, anti-bomba e outros artefatos e substâncias.
Oliveira informa que a coordenação operacional do serviço de escolta será realizada em conjunto entre as polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar da Bahia, a partir do Centro Integrado de Comando e Controle, sob a coordenação da SSP. Segundo o tenente-coronel, estão sendo realizados ensaios para chegada de delegações, reconhecimento de rotas e outras atividades.
Secom/BA
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