Codevasf participa da apresentação do Plano Hidroviário Estratégico em Juazeiro
Foto: Divulgação/Ahsfra |
As ações para aumentar o uso do transporte hidroviário, principalmente no interior do Brasil, foram o tema do primeiro workshop sobre o Plano Hidroviário Estratégico (PHE) promovido pelo Ministério dos Transportes em parceria com o Ministério da Integração Nacional (MI) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O evento, realizado no auditório da 6º Superintendência Regional da Codevasf, em Juazeiro, no norte da Bahia, contou com a participação de empresários e representantes de instituições municipais e estaduais.
O objetivo do plano é aumentar a malha hidroviária brasileira de forma gradual. Os investimentos governamentais previstos são de aproximadamente R$ 17 bilhões até 2024 – para embarcações e terminais, estão previstos mais R$ 9 bilhões, a cargo da iniciativa privada. Na bacia do rio São Francisco, que deve receber o projeto-piloto, a ação vai ser realizada com apoio do MI, por meio da Codevasf, com recursos previstos de R$ 337 milhões.
“O marco inicial foi aqui em Juazeiro, considerando o trabalho que a Codevasf vem fazendo com o Ministério da Integração Nacional no trecho Ibotirama-Juazeiro. Para a primeira etapa desse modal do São Francisco, a Companhia já vem conduzindo a revitalização da bacia hidrográfica”, afirma o assessor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Athadeu Ferreira.
O coordenador-geral de planejamento da Secretaria de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Luiz Carlos Rodrigues Ribeiro, que intermediou as discussões no workshop, explica que o plano é uma das formas de aumentar o crescimento e desenvolvimento nacional, já que o modelo hidroviário é mais sustentável e barato, mesmo tendo em vista que o país apresenta uma extensa malha rodoviária.
“O objetivo maior é um reequilíbrio da matriz de transportes no Brasil, porque usamos uma matriz que é predominantemente rodoviária, e esta leva ao aumento dos custos logísticos e dos custos com os transportes. A partir disso, viu-se a necessidade de priorizar o transporte hidroviário e ferroviário no interior do país”, destaca Luiz Carlos Rodrigues Ribeiro.
Plano Hidroviário Estratégico
O estudo incluiu todas as hidrovias que já acomodam fluxos de carga igual ou superior a 50 mil toneladas anuais: Amazonas/Solimões e Negro, Madeira, Tapajós e Teles Pires, Tocantins, Araguaia, São Francisco, Tietê e Paraná, Paraguai, e Hidrovias do Sul (Taquari, Jacuí e Lagoa dos Patos).
Para discutir o plano, outros workshops serão realizados. Neste ano estão previstos mais dois: em Manaus (AM), no dia 21 de novembro, para analisar o corredor da Hidrovia do Madeira, e em Porto Velho (RO), no dia 12 de dezembro, para tratar do sistema Solimões/Amazonas. Na sequência, deverão ser realizadas reuniões para as hidrovias Tietê-Paraná, em São Paulo (SP), Brasil-Uruguai, em Porto Alegre (RS), Tapajós e Tocantins, em Belém (PA) ou Palmas (TO), e Paraguai, em Corumbá (MS).
Mais detalhes sobre o Plano Hidroviário Estratégico no site do Ministério dos Transportes: http://www.transportes.gov.br/conteudo/91224
Ascom Codevasf *com informações do Ministério dos Transportes
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