Inclusão de pessoas com Síndrome de Down foi tema de discussão na AL
A Assembleia Legislativa da Bahia realizou nesta última sexta-feira (12) uma sessão especial que discutiu “Os desafios da inclusão social e produtiva das pessoas com Síndrome de Down”. Com o plenário e a galeria lotados, o encontro reuniu deputados, pais, secretários de Estado e de municípios, representantes do governo e de prefeituras, além de entidades da sociedade civil e de instituições como a Apae, ION e Ser Down.
O encontro foi aberto pelo presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, que passou o comando da sessão, em seguida, ao deputado Carlos Brasileiro, que propôs a realização da mesma. A primeira a falar foi Nadia Reis, de 34 anos, que tem Síndrome de Down. “Tenho capacidade e hoje sou uma artista. A minha família está muito feliz. Danço balé folclórico e já fui até para a Inglaterra”, afirmou Nadia, que faz parte da Companhia de Dança e Percussão Opaxoró, da Apae Salvador, que se apresentou após a sessão.
A médica geneticista Helena Pimentel explicou aos presentes o conceitos e as características da Síndrome de Down, que é um acontecimento genético natural e universal. Também não é uma doença. Ela é causada por um erro na divisão das células durante a formação do bebê. Todos nós temos 23 pares de cromossomos. Quem tem Down tem um cromossomo a mais no par de número 21. Até hoje, a ciência ainda não descobriu os motivos que provocam essa alteração genética. Ao final, ela destacou a iniciativa do deputado Carlos Brasileiro em levar a discussão sobre a importância da inclusão para o Legislativo.
“É preciso entender como é rico conviver com pessoas com Síndrome de Down. Esta sessão, sem dúvidas, foi de grande importância”, citou o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Almiro Sena. Também presente, a futura secretária de desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Moema Gramacho, que toma posse na próxima segunda-feira, disse que é precisa fazer acontecer a inclusão. “Cabe uma reflexão para os desafios sobre o muito que tem a ser feito”, afirmou.
Palestra - A sub-procuradora nacional do trabalho, Maria Aparecida Gurgel, foi a palestrando do evento e se emocionou ao final da sessão. Ela falou sobre os direitos das pessoas com deficiência e da importância de lutar para que eles sejam cumpridos. “Tratam-se de direitos que estão escritos em lei e que precisam sem implementados”, afirmou. Maria Aparecida, que é assessora jurídica voluntária da Apae, citou princípios da convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, como ter autonomia, não discriminação, respeito pela diferença, igualdade de oportunidade e acessibilidade. Falou ainda sobre trabalho, educação e previdência social.
O deputado Carlos Brasileiro afirmou que as pessoas com Síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. “Os pais, mães, familiares e toda a sociedade devem ter consciência que estes cidadãos podem alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançar com crescentes níveis de realização e autonomia. Eles são capazes de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar”, afirmou. Para ele, temos muito a comemorar com os avanços, mas ainda são muitos os desafios. Ao final, Brasileiro destacou o trabalho realizado pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae); Federação Baiana das Apaes; Associação Baiana de Síndrome de Down (Ser Down), e o Instituto de Organização Neurológico da Bahia (ION).
Assessoria de Comunicação
Gabinete do Dep. Carlos Brasileiro
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