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Agroindústria de Fundo de Pasto é sinônimo de superação e sucesso‏

“Aqui não existe eu, só existe nós.” Essa afirmativa é de Lidivania de Araújo Souza, 18 anos, a mais nova colaboradora da pequena agroindústria da Associação Agropastoril de Fundo de Pasto, Fazenda Bom Despacho, do Município de Itiúba. É com esta filosofia que a associação administra o beneficiamento de frutas, transformando-as em geleias, compotas, sucos e doces para a comercialização.

Com o trabalho coletivo, o pequeno empreendimento conta com 10 colaboradores e mais de 20 famílias associadas que, direta ou indiretamente, contribuem para o sucesso da atividade, que saiu de uma arrecadação de R$14mil reais, em 2009, ano de sua fundação, para uma previsão de faturamento em torno de R$70 mil, no ano de 2013, mesmo sofrendo com a falta de matéria prima, o umbu, devido aos longos períodos de estiagem.

O segredo do sucesso 

Quando perguntado sobre o segredo do sucesso, Firmino Antônio da Silva, homem simpático e inteligente, resume de forma simples e responde rapidamente: “coletividade, organização e boas parcerias”. Descontraidamente, Firmino diz que todos da associação participam da colheita do umbu, feita na propriedade, do beneficiamento da fruta, das vendas e dos lucros, que tem aumentado, segundo ele, devido as importantes parcerias com instituições diversas, como por exemplo, a realizada com a EBDA.

“A EBDA cuida de nós, agricultores familiares. Aqui, esta empresa é participante ativa do nosso sucesso; nos ajuda na elaboração de projetos, na prestação de contas, intermediando nossa relação com órgãos como a CONAB, para o qual vendemos grande parte da nossa produção”, garante Firmino. Segundo o agricultor, a Empresa realiza a capacitação, orienta e dá suporte aos associados em todo o processo produtivo. “Os técnicos da EBDA estão muito presentes no nosso dia a dia, melhorando nossa qualidade de vida e de trabalho”, complementou o presidente da associação.

Os efeitos da seca 

Com a longa estiagem, os agricultores familiares de Bom Despacho tiveram que diversificar as frutas utilizadas no beneficiamento, visto que, até mesmo a oferta do umbu diminuiu nesta safra. “Passamos a comprar manga para beneficiar aqui”, afirmou Firmino Antônio da Silva, presidente da associação. Ele explica que sofrem com os preços altos oferecidos pelos atravessadores, e com o fato de não terem a certeza de trabalhar com um produto produzido dentro dos padrões agroecológicos, prioridade da agroindústria.

Com a seca e a alteração da forma de beneficiamento da fruta, os gastos aumentaram, pois a manga necessita da utilização de freezers para armazenamento das polpas, que são facilmente perecíveis. 

“Buscamos alternativas para não deixar nossos clientes sem a mercadoria”, afirma o presidente da associação, que vende seus produtos para a CONAB e também escoa a produção, por meio do convênio, para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal. Os produtos da agroindústria também participam da merenda escolar de Itiúba, cuja prefeitura investe, aproximadamente, R$14mil na compra dos produtos, junto à associação.

Novos horizontes 

A EBDA, por meio de sua equipe de assistência técnica, social e ambiental (ATES), media a realização de projetos para a pequena agroindústria. “Vamos enviar à CONAB, no fim deste mês, um projeto para a aquisição de dois freezers e um automóvel, para que eles possam escoar a produção de maneira mais tranquila e menos custosa. Além disto, estamos em constante contato com o INCRA, mais precisamente com o programa Terra Sol, para conseguirmos mais investimentos”, conta Eduardo de Carvalho, engenheiro agrônomo da EBDA, que também atende à comunidade.

Fonte: Assimp/EBDA

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