Livro de professor da Univasf revela registros e singularidades do cangaço de Lampião. Lançamento acontece hoje 22, no Multieventos
As informações extraídas de jornais da época, uma ampla pesquisa bibliográfica e em arquivos públicos, e centenas de anotações advindas dos depoimentos dos entrevistados por Aroldo Leão, estão compiladas em 19 capítulos que abrangem estudos e relatos e que resultaram em literatura com foco na cultura nordestina e traços do tempo do cangaço. Fatos que até hoje inspiram historiadores, repentistas e o povo sertanejo.
“A minha literatura é antes humana, cuja temática é para engrandecer o sertão, é também um resgate de nossa cultura que merece ser preservada”, frisa o autor. Ele ressalta ainda: “Parte do acervo documental utilizado na minha pesquisa poderá ser perdido”, alerta Aroldo. Ele explica: “Os originais depositados em arquivos públicos, que também foram fontes de consulta para este trabalho, estão mal conservados, esfarelando”, revela.
Entre os dados apresentados no livro está o registro da primeira vez que Lampião é citado pela Imprensa. Segundo Aroldo, foi em 1922, no Jornal Diário de Pernambuco que “copiou notícia publicada no Diário de Alagoas,” disse. O livro também exibe ilustrações e reproduções de fotografias e documentos. Dá destaque a capas de folhetos de cordel, revistas e jornais, títulos e reportagens com referências a Lampião. Imagens que enfocam raridades como momento de descontração no cangaço, até a famosa cena das decapitações.
Lampião: Um Estudo de Buscas e Essências é essencialmente o encontro desses registros orais e documentais com as percepções do autor; narrativa das viagens e passagens do cangaceiro mais famoso do país que enveredou pelos estados do Nordeste e que figura como um dos mais populares símbolos da região, presente na música, na poesia e no imaginário popular.
Klene Barreto de Aquino / Ascom UNIVASF
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