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Cultura e debate esquentam 2º dia de Festival Regional do Umbu


A manhã deste sábado de Festival Regional do Umbu em Uauá-BA contou com a presença de grupos culturais – a Marujada de Curaçá e uma Banda de Pífano do Povoada de São Paulo, Uauá. Também aconteceu conversas sobre temas direcionados as coisas do sertão e os produtos da sociobiodiversidade. 

João Gnadlinger representando o Instituto Regional para a Convivência com o Semiárido – IRPAA falou do Ano Internacional da Água. Para o estudioso, a água não é um produto inesgotável e deve ser preservada para não sumir do Planeta. Além disso, João questiona a mudança na condução do Projeto 1 Milhão de cisternas. “Não se aproveita mais a mão de obra dos trabalhadores, pois as cisternas agora são adquiridas prontas de empresários. Isso não é bom, pois o ideal é que parte do investimento fique circulando na comunidade”, defende.

Na sequencia, Isaias da Silva, produtor rural de Uauá, demonstrou sabedoria e felicidade, por ter aprendido a conviver com o sertão. O trabalhador enalteceu a importância das cisternas para armazenar água potável para beber, mesmo reconhecendo que alguns trabalhadores usam a água para outras finalidades. Ele também defende que os sertanejos devem construir cisternas, cacimbas, caxios e barragens subterrâneas. “Falo isso, porque quanto mais invisto nessas ações em minha propriedade me sinto feliz e realizado”. O produtor declara que faz o uso racional da água em sua Fazenda e cria sem dificuldade, mesmo em tempo de seca.

Logo depois, outros palestrantes também participaram da rodada de conversa. Luiz Carrara falou sobre os produtos da sociobiodiversidade, detalhando as experiências da Cooperativa Central do Cerrado com o baru, buriti e Jatobá. Depois, a representante da Coopercaju, Terezinha explicou o trabalho que faz com a castanha de caju. A seguir, Reinaldo do Sebrae –Serviço Nacional de Apoio a Micro Empresa, elogiou a gestão das cooperativas que participam do festival. Para ele, isso motivou a APEX BRASIL a fechar negócio com as entidades para exportações dos produtos. “As coisas só acontecem quando há organização. Por isso, queremos levar esse exemplo para outras cooperativas”, argumentou.

Depois da interação com o público, os trabalhos da manhã de hoje foram encerrados. Durante a tarde a programação seguiu com as rodadas de conversas sobre Fundo e Fechos de Pastos, Regularização Fundiária, Segurança Alimentar e Nutricional e Economia Solidária. Também haverá participação de grupos culturais e apresentações musicais para encerrar a noite de festival.

Jorge Ferreira da Trindade 
Gerente Administrativo - COOPERCUC

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