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Escritor e Poeta Matheus Diniz... Poesia nossa de cada dia...

Sem entender nada...

Onde está o fio da meada
Quem poderá me mostrar?
Estou assustado
O bicho papão está embaixo da cama
Segurei a pesada solidão
Embebedei-me de fantasia

Dois caminhos num só
Não me encontro mais em nada
O que eu preciso sentir?
Sei lá... Tudo está estranho
Pesquei no lago seco
Absorvi sequelas da aquarela

União do mar com o olhar
Contagem regressiva do fim dos tempos
O pote de ouro ainda está no arco-íris
Gente vazia no meio da multidão
Buscando caminhos de preparar o pão
Festejo a minha ignorância

O orgulho é o meu guia
O ego palpita no meu peito
Sou incapaz de continuar
Perdi o prazer pelo espaço
Sou um ausente permanente
Imaginando o além bem diferente

Feliz dia do vazio!!
Infeliz dia da fartura
Esnobem suas mazelas
Seres incompreensivos
Fujam da construção do caráter
Transfigurem a prepotência

Só querem aparecer
Vivem de elogios
Desaparecem da essência de ser
Enaltecem troféus efêmeros
Existem para inexistir
Delírios de puro glamour

Corro no avesso
Subo a decida das delongas
Isolo-me premeditadamente
Hábito sacudindo emoções
É serio mesmo, perdi-me!
Os braços não sentem mais
Os lábios murcharam...

A voz da vida vem dizer
Que é importante semear
As instâncias formam o querer
De poder continuar
Cheio de ilusão
Dotado de ingenuidade
Sem entender nada...

Matheus Diniz

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dsd