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Escritor e Poeta Matheus Diniz em profundas inquietações!

E aí... E daí...

Sou filho da arte?
Um mero vagabundo
Simbolizo o cheiro na flor
Verbalizo o puro sarcasmo
Bagunço utopias inexatas

Superstições ao léu
Subo ao nível usurpador
Danço para esquecer
Enceno a peça plural
Fisgado pelo gole da ilusão

Esqueço o fingimento
Realço o labirinto
Fujo das doces merdas
Pessoas são estranhas
Relações cortadas!

Quebro meu espelho
Afundo a privação
Divido os devaneios
Subtraiu as delongas
Adiciono sacos vazios

Porque, não sei!
Puro enfeite da situação
Sugo o suco dos dilemas
Sou prostituto de ideias
Apaixono-me fácil!

Vivo o dia numa noite
Sonhos secos no rio
Sabor amargo do batom
Berços tingidos pelo ar
Brilho na esfera mórbida

Não rimo nada
Sou complexo na instância
Minha vida é um verso
Sólida contradição
Magia de “abracadabra”.

Ria de mim!?
Estou pouco me lixando
Sinto cheiro de saudade
Passos soltos pela rua
Sentidos presos pelo corpo

Desnudo o que me resta
Esqueço até de mim
Luvas ao molho quente
Quadros bagunçados
Fleches de um nada bom...!

Mudo de foco
Idealizo ingenuamente
Equilibro borboletas
Sou rio cheio e vazio
E aí... E daí...?

Matheus Diniz

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