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Lavrador tenta proteger a filha e é morto à tiro pelo genro na zona rural de Conceição do Coité

Uma tragédia em família abalou a pequena comunidade de Tabuleiro, a cerca de 10 km do centro de Conceição do Coité, no inicio da noite de sábado, 30, quando Gilson Santos de Jesus, 29 anos, matou com um tiro no peito, o próprio o sogro Agenor dos Reis Santos, 51 anos, quando tentava proteger a filha que estava na mira de um revólver.
De acordo com a polícia, Elisângela Reis Santos, filha da vítima, em seu depoimento revelou que o marido é muito ciumento e por motivos banais já havia lhe agredido diversas vezes inclusive na gravidez. No dia do crime ela havia saído para a casa de sua mãe e desconfiado passou a segui-la. A mulher contou também que não sabia que o marido estava com arma, porém  achou o mesmo com comportamento estranho.
 O crime – Segundo relato da jovem, quando estava na residência dos seus pais, Gilson chegou furioso e a chamou para ir embora, ela disse que não iria, ele então passou a discutir e começou a agredi-la e a seus familiares, mãe, irmão e o pai, até que sacou uma arma, um revólver calibre 22 e apontou pra ela, que pediu que não atirasse,  naquele momento, tomado pelo impulso, seu pai se aproximou dela no intuito de defendê-la e foi alvejado com um tiro no peito e morreu na hora.
 Homicida por pouco não foi morto por linchamento – O assassino depois de matar o sogro foi capturado por populares que passaram a espancá-lo com chutes, socos, pedradas e pedaço de madeira e depois o amarraram, enquanto aguardavam a chegada da policia.Uma guarnição da 4 ª CIA PM o conduziu para a delegacia onde permanece preso e deverá ser ouvido pelo delegado  Gustavo Ameno Coutinho que deverá começar ouvir testemunhas nesta segunda-feira. O corpo do agricultor foi sepultado no final da tarde deste domingo no cemitério de Conceição do Coité.

Acusado disse que vinha sido traido e conta historia diferente da esposa 
Gilson contou ao CN que descobriu que a companheira Elisângela Reis Santos, filha de Agenor dos Reis, vinha lhe traindo com um compadre de prenome Jailton e por três vezes havia flagrado os dois juntos e uma delas dentro da sua própria residência.
Incomodado com a situação, resolveu na noite de sábado contar a história para o sogro, que reagiu com brutalidade dizendo que ele estava mentindo e partiu para agressão com um pedaço de madeira, atingindo a cabeça e boca. “Eu saquei a arma primeiro e atirei para cima achando que ia intimidar  ele, porém ele continuou batendo com uma madeira, eu corri e ele corria para me agredir, foi ai que disparei outro tiro, acertando ele”, contou Gilson Santos.
Demonstrando arrependimento, o trabalhador rural bastante machucado pelas agressões disse que não tinha intenção de matar o sogro e comprou o revólver, calibre 22, de um vizinho residente na Fazenda Morro, conhecido por Tonho, por R$ 150 e com 04 balas. “Comprei para matar o Jailton, pois estava me traindo e ainda me enganou, quando me chamou para vender peixe para ele, me deu uma moto para rodar na região e enquanto isto ficava com minha mulher”, externou o trabalhador rural, que tem como atividade principal de sobrevivência, o motor de sisal.
“Nunca tive problema com justiça, estou aqui pela primeira vez”, contou.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas

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